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ATLÂNTICO SUL INICIA FABRICAÇÃO DE CARRETÉIS PARA LANÇAMENTO DE TUBOS FLEXÍVEIS OFFSHORE

Um ano após anunciar o início do seu processo de reposicionamento, que abriu a companhia para outros segmentos industriais além do reparo e naval, o Atlântico Sul Heavy Industry Solutions anunciou hoje (23), durante a 17ª Navalshore, no Rio, o início da fabricação de 80 reels (carretéis metálicos para o lançamento de tubos flexíveis offshore). Os produtos serão utilizados por um cliente em sua base logística no porto do Açu, no Rio de Janeiro.

“Trata-se de um marco dessa nova fase da empresa, que proporciona manter a oficina em plena operação”, afirmou o diretor comercial e de Operações do Atlântico Sul, Léo Delarole. O reposicionamento foi anunciado em agosto do ano passado, durante a 16ª Navalshore, principal feira brasileira do setor naval. Desde então, a companhia vem prospectando oportunidades no segmento de estruturas metálicas subsea e offshore.

A fabricação dos carretéis começou com o início do corte das 6.000 toneladas de chapas metálicas que serão utilizadas nesses produtos. Trata-se de um lote de 80 bobinas, com prazo de entrega de cinco meses.

Em fevereiro deste ano, já dentro do novo posicionamento da empresa, o Atlântico Sul havia entregue um projeto de estruturas subsea para um importante player do mercado offshore no setor de óleo e gás – um dos setores que o governo federal pretende atender com recursos do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Foi a primeira entrega do gênero feita pelo Atlântico Sul. “Essa entrega nos qualifica como uma das principais alternativas no Brasil para esse tipo de produto”, disse Delarole.

Nessa perspectiva, conta o executivo, o Atlântico Sul estabeleceu uma agenda de visitas a clientes e potenciais parceiros, prospectando novos contratos para 2024. Paralelamente à fabricação dos novos produtos, a empresa mantém os serviços de reparo naval.

FINANCIAMENTO

Em conferência na Navalshore na tarde desta quarta-feira no painel sobre transição energética na indústria marítima, a chefe do Departamento de Gás, Petróleo e Navegação do BNDES, Elisa Salomão Lage, mencionou quatro possibilidades de uso de recursos do Fundo da Marinha Mercante para financiamento ao setor naval: construção e modernização de embarcações mais eficientes; reciclagem de embarcações (sucateamento ou desmantelamento); gastos locais para aquisição, construção e integração de módulos de plataformas; e construção e integração de estruturas flutuantes para geração de energia offshore. Segundo ela, o BNDES está aberto para o mercado naval, em oportunidades de negócio com o foco em ESG (ambiental, social e governança).

A 17ª Navalshore encerra-se hoje (24), no centro de exposições Expo MAG, no Rio de Janeiro. É esperada a visita de 10 mil profissionais do setor naval durante os três dias do evento.